terça-feira, 31 de março de 2009

Relacionamento é opção para fugir da crise

Por Thiago Terrathiago@mundodomarketing.com.br
Está mais do que provado que um relacionamento duradouro precisa ser baseado em pilares como respeito, compreensão, dedicação... Mas, como todo o relacionamento, existem crises que precisam ser contornadas com criatividade, responsabilidade e coragem, sem perder a sensibilidade. Traçando um paralelo com os programas de relacionamento feitos por empresas no Brasil e no mundo, hoje percebemos que o consumidor busca cada vez mais este tipo de serviço, principalmente com o atual cenário econômico no mundo.
De olho no aumento da demanda por serviços de fidelidade, Arcor, Dotz, Localiza e Souza Cruz desenvolvem ou aperfeiçoam programas de relacionamento com o consumidor. Com o objetivo de ganhar credibilidade no mercado e conquistar o público, empresas de diversos setores apostam em um relacionamento saudável para não partir o coração do consumidor seja no ponto-de-venda ou na internet.
Em um cenário de crise, basta entender que o consumidor está buscando vantagens na hora de comprar e motivos para continuar adquirindo produtos que vão lhe gerar benefícios e reduzir gastos. Alinhados ao posicionamento da empresa, os programas de relacionamento precisam dar retorno sobre o investimento para não se transformarem em mais um custo para a companhia.
A Internet ganha cada vez mais espaço e já se tornou uma ferramenta eficaz no processo de relacionamento entre marca e consumidor. Mas, além da web outras formas de relacionamento ainda se mantêm no mercado, como o caso da moeda Dotz, que figura entre os principais programas de relacionamento do Brasil e a revista oferecida pela Souza Cruz ao público varejista.
Quanto mais rápido melhorO sucesso dos programas de fidelidade acontece quando este é relevante e economicamente viável tanto para a empresa que o oferece, quanto para o consumidor. Desta forma o programa terá sustentabilidade e longo prazo. O que acontece algumas vezes é que a empresa lança um programa viável para ela, mas que não tem relevância para o participante ou sequer possui uma comunicação correta e segmentada. Está mais do que claro que o que faz o cliente aderir a um programa são os benefícios oferecidos a curto ou médio prazo.
Comprar um produto que dará um ingresso para o cinema funciona desde que o filme possa ser visto na hora em que o consumidor quiser. Depois de dois anos da compra certamente não funcionará. A Dotz acredita que uma moeda alternativa é relevante, ainda mais quando ela pode ser usada no supermercado, e-commerce, ou para fazer assinatura de jornal, comprar passagem aérea, fazer reservas em hotéis, alugar um automóvel, entre outros.
De acordo com Fábio Santoro (foto), diretor de operações e tecnologia da Dotz Marketing, o retorno para o consumidor deve ser breve. “Ao aderir a um programa de fidelidade o consumidor apresenta um comportamento empolgado. Se demora a chegar o momento da troca ele se desinteressa. Quanto mais rápido for este processo, mais interesse ele terá no programa”, afirma o executivo em entrevista ao Mundo do Marketing.
Relacionamento virtualA rede de hotéis Accor lançou este ano um programa de fidelidade que substituirá o Compliments from Accor Hotels em toda América Latina. O programa AClub oferece os mesmos benefícios do anterior só que em um cenário mundial. Além disso, o cliente de qualquer lugar da América do Sul pode acumular pontos sobre o total da despesa em hotéis, seus pontos nunca expiram e é um programa totalmente on-line.
Se cada relacionamento é diferente um do outro, a Accor não é exceção. A empresa busca alinhar suas estratégias sem deixar de atender as necessidades específicas de cada região. “Culturalmente é diferente o comportamento de compra do consumidor final em países distintos. Procuramos identificar as necessidades regionais e adaptar o programa à cultura e valores de cada país”, diz Emanuel Baudart, Diretor de Distribuição, Vendas e Marketing de Relacionamento da Accor.
Segundo Baudart, as diferenças estratégicas de relacionamento em cada país são evidentes e o Brasil mostra que tem grande potencial nessa área. “O que me surpreendeu no Brasil foi ver o quanto o mercado está adiantado em marketing de relacionamento. Não está tão avançado como na Europa, mas realmente o nível de relacionamento on-line no Brasil é extremamente avançado, com atividades diferentes que englobam diversas empresas”, acredita.
Crise fortalece o relacionamentoO atual cenário econômico mundial parece animar os profissionais responsáveis por programas de relacionamento já que a crise favorece a adesão. “Uma vez que o cliente está mais atento, controlando seus gastos, buscando opções de reduzir custos, ele também procura manter o nível de qualidade de vida e, por isso, dará mais atenção aos programas de fidelidade”, conta Santoro.
As oportunidades deste serviço estão alinhadas com a chegada da crise e com segmentos de produtos similares. Desta forma, os programas de fidelidade estão direcionando a premiação do consumidor aos produtos de entretenimento. “Os programas de relacionamento focados em entretenimento familiar de baixo custo estão em alta. Só o Dotz trabalha com 60 fornecedores deste tipo de premiação”, aponta o diretor de operações e tecnologia da Dotz Marketing.
Na Localiza Rent a Car a crise chegou em boa hora, levando em consideração o programa de relacionamento da empresa, que acaba de ser estendido para toda a América Latina. “Tudo o que pudermos fazer para estimular os negócios é válido e algumas empresas estão lançando mão de todas as ferramentas de estímulo. Estes programas funcionam como mais um elemento para quebrar a barreira da economia, que está fazendo as pessoas ficarem com medo de consumir”, alerta Luiz Farias (foto), Diretor de Marketing da Localiza.
Características diferentes de um mesmo relacionamentoCom nove anos de idade, o programa de relacionamento da Localiza possui uma base de cerca de 1,6 milhões de clientes cadastrados. O objetivo com a nova fase é atingir 2 milhões de clientes em toda a América Latina em 2009, buscando a conquista de 30 mil clientes por mês. O programa da Localiza oferece aos brasileiros dois pontos para quem gastar até R$ 600,00 no aluguel de um carro. A cada 10 pontos acumulados, este cliente recebe uma diária grátis.
Hoje, com a expansão do programa para a América Latina, cada país tem um valor que segue de acordo com a moeda nacional. Esta é uma maneira eficiente de prevenir que um programa de relacionamento internacional seja mal compreendido pelo público no país onde atua. Para que isso não aconteça é preciso tomar alguns cuidados ao elaborar um programa de relacionamento principalmente com públicos de diferentes culturas.
“O programa de fidelidade vai além de um programa que dá prêmios. É relacionamento e isso engloba outros benefícios. Nós avisamos ao nosso cliente sobre o vencimento da carteira de motorista dele. Enviamos livros, temos um grupo que recebe tratamento diferenciado. Daqui pra frente vamos nos comunicar através das questões culturais”, explica o diretor de marketing da Localiza.
Mais do mesmo não funcionaDe acordo com Fábio Santoro, da Dotz Marketing, o que o mercado está mostrando é que o cliente quer benefícios, usar o dinheiro da melhor forma, usar pontos para economizar e comprar através de moedas alternativas. “Falar que o cliente pode ganhar 1 milhão em moeda alternativa pode não valer à pena se ele precisar de 30 milhões para ir ao cinema. Assim ele acaba perdendo o interesse”, diz.
Santoro destaca os três principais passos para que um programa se torne relevante. O primeiro item de sucesso de um programa de fidelidade, segundo ele, é ter um mix de benefícios tangíveis (que pode ser entendido como os pontos) e intangíveis (que são os diferenciais que fazem o cliente se sentir importante). O segundo é um banco de dados que faça com que o cadastro se torne importante, gerando benefícios que possam mudar o comportamento de compra do consumidor. “Se ele vai a uma loja 4 ou 5 vezes ao mês, o programa tem que fazer com que ele vá 7, 8 vezes”, salienta Santoro.
O terceiro item para o bom funcionamento dos programas de relacionamento é não oferecer apenas uma forma dele ganhar prêmios. “O cliente não pode achar que só é importante para uma empresa se pagar com o cartão dela, por exemplo”, conta Santoro. “Para o cliente, um benefício cria um diferencial desde que seja realmente diferente. O padrão hoje é fazer parte de programa de fidelidade em companhias aéreas”, emenda Luiz Farias, Diretor de Marketing da Localiza.
Relacionamento B2BEm 2008 a Souza Cruz lançou a revista Mais Varejo, voltada para o público varejista e distribuída pelos vendedores da empresa nos pontos-de-venda atendidos diretamente pela Souza Cruz. O principal objetivo da revista é criar um relacionamento entre o varejista e a Souza Cruz, através de dicas de gestão de negócio para o pequeno e médio varejo, que funcione como uma ferramenta para eles.
Sabendo que em um relacionamento precisa haver a troca de informações, a Souza Cruz desenvolve a revista de acordo com o que o cliente quer saber. “A produção das matérias é baseada nas sugestões dadas pelos varejistas. Esta é a voz deles no mercado”, diz Daniel Badauí, gerente de marketing da Souza Cruz em entrevista ao site.
Além de estreitar o relacionamento com varejistas que trabalham com a Souza Cruz há cerca de 50 anos, a revista tem como objetivo fazer com que eles entendam a empresa como parceira importante e fiel que oferece uma ferramenta barata de relacionamento com alto valor agregado. “Não temos nenhuma expectativa de aumentar a percepção da marca Souza Cruz. O objetivo é retribuir o carinho do varejista sem gerar nenhum custo para ele”, completa Badauí.
Fonte: Mundo do Marketing: Publicado em 31/03/2009

Não Perturbe

27 de MARÇO de 2009
Procon abre inscrições de cadastro para bloqueio telemarketing

A Fundação Procon-SP disponibilizou nesta sexta-feira, 27 de março, canal em seu site para o consumidor se inscrever no “Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing” , conforme estabelecido pela Lei 13.226/08, regulamentada pelo Decreto Estadual 53.921/08.

O consumidor já pode cadastrar, sem custo, números de telefones fixo ou móvel, do Estado de São Paulo, que estiverem em seu nome. Após 30 dias da inscrição, as empresas ficam proibidas de ligar, a não ser que tenham autorização por escrito (o padrão para essa autorização também está disponível no site).
“A legislação fortalece o poder de escolha do consumidor. Quem não deseja receber ofertas de produtos e serviços agora passa a ter a opção de não ser incomodado em seus telefones. Já quem gosta não precisa fazer o cadastro”, salienta o diretor-executivo da Fundação Procon-SP, Roberto Pfeiffer.

No espaço disponibilizado pela fundação, o consumidor (pessoa física ou jurídica) poderá, além de bloquear ou desbloquear linhas telefônicas, registrar reclamação contra alguma empresa que tenha desrespeitado o bloqueio. Nesse caso, as punições previstas são de acordo com o artigo 57 do Código de Defesa do Consumidor.

As empresas de telemarketing, por sua vez, terão um ícone para se cadastrar e, assim, poder consultar os números dos consumidores que não desejam receber ligações – os demais dados serão mantidos sob sigilo. As empresas de outros estados também ficam proibidas de efetuar ligações para os números bloqueados.

O Procon-SP elaborou um folder contendo algumas perguntas e respostas visando a um melhor esclarecimento do funcionamento deste cadastro e, também, um passo a passo de como o consumidor poderá acessar e cadastrar seu telefone. Este material estará disponível no site e nos postos de atendimento pessoal do órgão.

Informativo sobre o Bloqueio de Ligações de Telemarketing

(Informações sobre fomato PDF)

Fonte: http://www.procon.sp.gov.br/noticia.asp?id=1102

Engenharia social: eles sabem seus segredos e contam para todo mundo

JR Raphael, da PC World / EUA
23-03-2009
Serviços vasculham a web em busca de informações públicas que, agregadas, revelam mais de você do que gostaria que soubessem.

Recentemente descobrimos coisas sobre o advogado que atende um dos nossos aqui na Redação (da PC World / EUA). Coisas que não precisávamos conhecer, quem sabe nem deveríamos ter acesso: ele tem 55 anos, ouve músicas da banda Creed e grita como uma criança quando está em uma montanha-russa. Ah! Também relaxa com tratamentos em SPAs e está pensando em comprar um cortador eletrônico para os pelos do nariz. E isso é apenas o começo.
Agora vamos aos detalhes: nunca passamos um dia na companhia desse cara. Todos esses detalhes foram obtidos a partir de pesquisas em redes sociais na web. E sabe o que é pior: é provável que não tenha a menor ideia de ter deixado rastros tão vívidos para trás.
Nesta época de compartilhamento social, as pessoas esperam que alguns seus pensamentos sejam publicados. Mas conforme vão inserindo mais e mais informações sobre elas online, ferramentas especializadas de busca estão facilitando ainda mais encontrar esses dados e a colocá-los juntos em um perfil super detalhado (e potencialmente fácil de acessar) de suas vidas virtuais.
Agora reflita um minuto: mesmo que tais informações não estejam consolidadas em uma única página, você realmente gostaria que o mundo todo soubesse que você procurou por curas de doenças graves ou que postou algum comentário fanático por Star Trek?
Nas entranhas da webVocê já deve ter ouvido muitos termos surgindo em torno dessa recente e crescente ferramenta de busca. Alguns serviços gostam de serem chamados de utilitários de “busca social”, enquanto outros preferem a frase “busca pessoal”.
Muitos ostentam sua habilidade de procurar dados dentro das “profundezas da web”, local aonde nem o Google chegou. “Mesmo que muitas pessoas pensem que as buscas na web são basicamente um espelho index do Google, na verdade existem muitas informações que o Google não alcança”, diz Harrison Tang, fundador e CEO do Spokeo – que se descreve como um serviço de ferramenta de busca social de pessoas.
Leia também:> Especial: Redes Sociais> Como gerenciar várias redes sociais> 25 blogs sobre tecnologia> 10 mashups imperdíveis para facilitar ou divertir a navegação
O Spokeo, assim como seus concorrentes Pipl e CVGadget, foi desenvolvido para que você possa buscar informações sobre amigos, parentes e até pessoas indesejadas. Porém, o Spokeo vai além do que os outros serviços, importando todos os seus contatos de e-mail. A partir disso, e com o pagamento de alguns dólares mensais, ele monitora continuamente seus contatos e irá informar caso alguma dessas pessoas faça alguma atualização ou ação em qualquer parte do mundo online - a página inicial do site promete ajudá-lo a descobrir fotos pessoais, vídeos e segredos de seus amigos e colegas.
Cada bit de informação - visto separadamente - pode parecer insignificante, mas o efeito acumulativo de vê-los reunidos de modo organizado como em um portfólio é suficiente para deixar qualquer um preocupado.
“Identidade agregada é na verdade um novo tipo de identidade”, diz Tang, teorizando sobre o porquê de muitas pessoas usarem a palavra “perseguidor” para descrever o serviço. “Muitas pessoas sabem que possuem uma página pública no MySpace e que possuem um perfil público no Twitter. Mas quando isso é combinado, cria-se na verdade uma nova identidade.”
Como esses serviços funcionamO sistema do Spokeo utiliza os endereços de e-mail dos seus contatos para rastrear as atividades deles em algumas dezenas de serviços, desde blogs e redes sociais até sites de compartilhamento de fotos e vídeos. Isso quer dizer que as fotos dos seus filhos compartilhadas no Flickr há dois anos (ou até mesmo aquelas imagens menos inocentes de suas férias há anos) irão surgir logo abaixo do seu nome, segundos após alguém pesquisar por você.
Fontes menos óbvias como a lista de desejos da Amazon, um playlist no Pandora e até mesmo uma avaliação de um filme surgirão na lista de detalhes e que você provavelmente não tinha ideia de que ainda estivessem por aí – coisas como (no caso do tal advogado) uma infinidade de sessões de relaxamento e sua preocupação com a aparência do nariz.
Aliás, as informações sobre a idade do advogado foram encontradas no seu antigo perfil do MySpace e seu comportamento na montanha-russa foi visualizado em um vídeo no YouTube; além da informação no Pandora de que ele gosta de Creed e que tinha criado uma estação de rádio chamada “Spa Radio”. E quanto ao cortador de pelos de nariz eletrônico, ele pode agradecer à lista de desejos da Amazon por ter enviado essas informações.
Tudo à vendaOutros serviços também acessam os mesmos dados e então vendem essa informação sob o nome de pesquisa de marketing. Um claro exemplo é a Rapleaf, empresa que descreve seus serviços como “consultor de dados e pessoas”. Os clientes pagam milhares de dólares para receber um perfil social detalhado compilado de indivíduos de sua própria base de dados.
Assim como o Spokeo, as informações estão todas publicamente disponíveis – o Rapleaf apenas coloca todas juntas. “Os dados que as pessoas postaram estão lá para qualquer um acessar e ver”, diz Joel Jewitt, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da empresa. “Contanto que você não vá além deste ponto, esta é a norma da privacidade hoje em dia”.
De acordo com Jewitt, a maioria dos clientes da Rapleaf está apenas tentando entender como usar as mídias sociais mais efetivamente para o marketing. Um fabricante de carros, por exemplo, talvez queira saber que tipos de carros seus clientes estão procurando e discutindo em serviços sociais na internet. De posse da lista dos e-mails dos clientes da empresa, o Rapleaf vasculha na web e rastreia as informações, pessoa por pessoa. “É basicamente o padrão de espionagem na web”, diz Jewitt. “Nós recriamos uma forma automática de como uma pessoa do governo federal faria se estivesse procurando por isso.”
Exposição eletrônicaQualquer que seja o foco, usuário final ou corporação, os serviços têm uma coisa em comum: ao contrário das ferramentas de busca pública do passado, esses novos utilitários constróem um dossiê altamente detalhado sobre você baseando-se em informações que você mesmo publicou – uma circunstância que pode deixá-lo com um leve sentimento de desconforto.
“O que eles fazem é tornar palpável a onipresença da internet e as mudanças de direção que o mundo toma”, diz o especialista em privacidade na internet Kevin B. McDonald, também vice-presidente executivo da Alvaka Networks, uma empresa de gerenciamento de rede. “Eles transformam todo o conceito de compartilhamento de informações e as aproximações sem barreiras que a internet proporciona em algo muito real para as pessoas.”
E a realidade pode ser dura se essa informação for absorvida pelas pessoas erradas: um cliente curioso, um chefe atrás do passado do funcionário, ou qualquer outra coisa que a imaginação permitir. Um estudo recente apontou que metade dos usuários britânicos da internet admitiram tê-la usado para procurar informações de algum conhecido.
A facilidade com que alguém pode monitorar cada passo virtual que você dá certamente agrega uma nova dimensão da ideia da fixação. “É um pouco perturbador”, diz Marc Rotenberg, diretor executivo do Eletronic Privacy Information Center. “Se a informação é distribuída, então esta é na verdade uma forma de privacidade. Mas quando ela é reunida em um único lugar, então se criam novos riscos.”
Rotenberg não concorda com empresas que juntam informações pessoais, mas públicas, para criar um perfil único. “O fato de que alguém tornou algo público não significa que outra pessoa possa vender isso”, contesta. “Acredito ainda que se for existir um mercado para dados pessoais, o usuário deveria receber uma porcentagem sobre qualquer valor que esse dado possa ter.”
Assumindo o controleVale lembrar que nenhum desses serviços está fazendo algo ilegal. As informações que eles juntam são dados que qualquer pessoa que saiba onde estão – e tem tempo para fazer isso – poderia encontrar.
Portanto, em vez de ignorar o imenso arquivo que foi coletado sobre você, McDonald sugere que você o utilize como uma ferramenta para entender e controlar sua identidade online. “Cheguei a um ponto onde antes de ser guiado pela internet, eu pretendo utilizá-la para chegar onde quero”, afirma. “Tudo o que você pode fazer é aprender a conviver com isso. Essas são as delimitações do mundo em que vivemos”, completa McDonald.
Nota do editor: Enquanto apurava esta matéria, JR Raphael descobriu uma estação de rádio do Coldplay que eu criei no Pandora em 2006; descobriu que procurei por um cabo de áudio 3.5mm compatível com o iPod em 2007; e descobriu qual era o meu nome de usuário do site StumbleUpon.
Fonte: http://pcworld.uol.com.br

RP em Ação: PR Cannes Lions

Relações públicasvoltam a ser valorizados
Duas das principais premiações da propaganda mundial, o Festival de Cannes e o Clio Awards, resolveram abrir espaço para a atividade de relações públicas - que vem ganhando a cada dia mais importância na comunicação das empresas. Essa função, que há até bem pouco tempo andava relegada a um segundo plano, voltou modernizada, com características mais sintonizadas com as atuais demandas de comunicação das empresas.
Fonte: http://www.mundorp.com.br/

Do Broadcast ao SocialCast: recriando a comunicação

O Brasil vive o maior boom de crescimento em número de acessos residenciais à Internet desde 2000. Para quem trabalha, estuda ou gosta da área de marketing digital já tem reparado que a quantidade de investimentos no setor tem aumentado de forma quase que exponencial, ainda que com uma reconfiguração dos métodos de abordagem e de repercussão do discurso organizacional. A cada dia mais clientes procuram mais agências querendo uma inserção maior com campanhas e ações de relacionamento no meio, até pela constatação de que mesmo a classe C já tem 38% de penetração na rede. Este panorama instigou o II Digital Media Conference, seminário que reuniu no dia 11 de março de 2009 mais de 200 executivos no Hotel Tryp Paulista em São Paulo/SP, organizado pela CorpBusiness.
Fonte: http://www.mundorp.com.br/

sexta-feira, 27 de março de 2009

Será mesmo que você é substituível?

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:- Alguma pergunta?- Tenho sim. E Beethoven?- Como? - o encara o gestor confuso.- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?Silêncio.Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico (até hoje o Flamengo está órfão de um Zico)?Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeramseu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizandoenergia em reparar seus 'gaps'.Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico...O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola,Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'; ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmãoZacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... com toda certeza ninguém te substituirá!"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.
O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor."

Colaboração: VDRuiz

Porque evitar o "NÃO" e a linguagem negativa.

A linguagem tem por objetivo a comunicação entre os seres humanos, portanto quanto mais precisa for a linguagem, melhor será o resultado de nossa comunicação.
O que é a palavra não? Uma abstração. O "não", por si só, não diz nada, logo o cérebro se fixa no que vem depois do "não".
Nossas mentes para saber em que não pensar, precisam primeiro pensar.
Não pense em um balão azul.
Pense em um balão azul.
Analise as duas frases acima. Em que você pensou quando leu uma e leu outra?
Na mesma coisa, em um balão azul.
Assim sendo, quando queremos obter um resultado, o melhor é nos referirmos ao que queremos, por exemplo:
Em caso de incêndio use a escada.
É muito comum encontrarmos em muitos prédios: "Em caso de incêndio não use o elevador".
Principalmente numa situação de pânico, é muito mais difícil e demorado pensar primeiro no que não fazer para depois pensar no que fazer. A linguagem mais rápida e que obtém melhores resultados é a linguagem afirmativa; dizer o que deve ser feito.

O uso de uma linguagem negativa provoca o comportamento que se quer evitar.

É muito comum encontrarmos nos caixas eletrônicos um adesivo em que está escrito:
Não se esqueça de retirar o cartão.
E, também, é muito comum encontrarmos os cartões esquecidos no caixa eletrônico. Se a linguagem do adesivo for mudada, será mais fácil atingir o objetivo:
Lembre-se de retirar o cartão.
Nos shoppings onde o estacionamento é pago, encontramos cartazes espalhados em todo o shopping, dizendo: Não se esqueça de validar o ticket de estacionamento. E estamos sempre encontrando pessoas voltando do estacionamento que fizeram o que? Esqueceram de validar o cartão.
O adequado é: Lembre de validar o ticket de estacionamento.
Você já teve, provavelmente, a experiência de pensar em "Não posso esquecer de ......." e obter o resultado de esquecer exatamente aquilo que na realidade você queria lembrar.

Qual o resultado que a campanha "Não use drogas" vem obtendo?
O consumo de drogas vem aumentando ano após ano. Além da palavra não, quanto mais a palavra droga é utilizada, mais é repetida, mais ela é reforçada e lembrada, levando muitos adolescentes a ficar cada vez mais curiosos a respeito, pois é por ser tão falada eles decidem experimentá-la.
Há pouco tempo foi veiculada na televisão uma campanha "se beber, não dirija.
Você não acha que seria mais adequado dizer:
Se beber álcool, chame um táxi ou peça uma carona.
O foco de uma campanha deve estar no objetivo a ser alcançado e colocado em linguagem afirmativa.
Em vez de uma campanha pela não violência, é muito mais eficaz uma Campanha pela Paz, como a que motivou a população na semana passada. A não violência, na realidade nos trás à mente imagens e situações de violência, que queremos evitar; e afasta as pessoas em vez de motivá-las. E, ainda, faz com que pensemos em violência em vez de paz.
Nunca, evite, e outras negativas, tem o mesmo efeito que um não.
Nunca tranque o cruzamento, evite trancar o cruzamento ou não tranque o cruzamento fazem-nos pensar na mesma coisa: trancar o cruzamento.
Deixe o cruzamento livre, é a linguagem afirmativa, objetiva e eficaz.

Você diria a alguém:
"Pinte esta parede de não azul". (qualquer cor, menos azul?)
Ou, "Não pinte esta parede de azul". (não é para pintar, ou não de azul? ou de que cor?)

Exemplos com crianças:
Não mexa nisto, melhor, vá brincar com aquilo.
Cuidado para não cair olhe o degrau, preste atenção na escada.
Em algumas situações é muito adequado usar o não:
Você não precisa comer toda a comida que está no prato. (Se você quer que a criança coma toda a comida).
Você não precisa ir estudar agora. (Se você quer que vá estudar agora).
São situações em que desejamos que a pessoa faça o que estamos dizendo que não.

Todos nós conhecemos pais, gerentes e outras pessoas que, querendo ajudar, nos dizem e aos outros o que não fazer. O que fazem, de forma inconsciente, é chamar nossa atenção exatamente para o que não queriam que fizéssemos. "Não se preocupe.", "Não entre em pânico", "Não fique aborrecido", "Não acho que você seja chato". Usar a linguagem negativa consigo mesmo é algo que a maioria das pessoas faz. "Não vou pensar mais nisso" e continuamos pensando, "Evite comer doces se quer emagrecer", só para citar alguns exemplos. Existe a tendência a pensar no que não queremos fazer e, em seguida, muitas vezes, começar a fazê-lo.
Em vez de dizer o que não queremos, podemos dizer o que queremos. Tente isto. Pense em uma frase negativa que você vem dizendo a si mesmo e experimente transformá-la em afirmativa, agora.
Em vez de dizer "Não quero comer doces" ou "Não quero engordar", tente dizer, "Quero comer comidas saudáveis" ou "Quero emagrecer". Isso não só é mais agradável como, na verdade, reorienta a sua mente e prepara você para um número maior de realizações desejadas, focalizando as coisas positivas que quer que aconteça.
Se você aplicar isto na sua vida, em breve vai começar a obter os resultados que deseja.

Alguns exemplos para o dia a dia:
(coloque em local visível até se habituar com o uso)

Em vez de:
USE:
Não pense em...
Pense em...
Em caso de incêndio não use o elevador
Em caso de incêndio use a escada.
Não se preocupe.
Fique tranqüilo
Não se aborreça.
Esqueça
Não esqueça o seu cartão
Lembre de retirar o cartão
Não se esqueça de validar o ticket de estacionamento
Lembre de validar o ticket de estacionamento
Se beber álcool, não dirija.
Se beber álcool chame um táxi.
Nunca tranque o cruzamento.
Deixe o cruzamento livre.
Evite trancar o cruzamento.
Deixe o cruzamento livre.
Não se preocupe.
Fique tranqüilo.
Não entre em pânico.
Fique calmo.
Não se aborreça.
Esqueça, deixe passar.
Não fique aborrecido.
Pense em algo agradável.
Não quero comer doces.
Quero comer comidas saudáveis.
Não quero comer comidas gordurosas.
Quero comer frutas e verduras.
Não quero engordar.
Quero emagrecer.
Quero perder peso.
Quero atingir o meu peso ideal.
Não pinte esta parede de azul.
Pinte esta parede verde.
Não quero perder tempo.
Quero aproveitar bem o tempo.
Não quero perder tempo com isso.
Quero usar o menor tempo possível.....
Não quero me atrasar.
Quero chegar no horário.
Meu filho, não mexa nisso.
Meu filho, vá brincar com...
Meu filho, não mexa nisso.
Meu filho, pode mexer e brincar com....
Não suba na cadeira.
Por favor, sente na cadeira.
Não suba na cadeira.
Subir na cadeira é perigoso...
Cuidado para não derramar o copo.
Preste atenção no copo, tome cuidado.
É proibida a entrada de menores de ...
Só é permitida a entrada de maiores de...
Não pise na grama
Use os passeios para caminhar
Não fume
Mantenha o ar limpo
Proibido fumar
Use o fumódromo para fumar
Não coloque o papel no vaso
Coloque o papel no cesto ao lado
EXERCÍCIO

TRANSFORMANDO FRASES NEGATIVAS EM AFIRMATIVAS

Preservando a intenção da frase, redija cada uma das frases abaixo em forma positiva. (Todas as frases são de contextos reais).

1. Não use o elevador em caso de incêndio.
2. Não ponha as mãos no vidro.
3. Nunca tranque o cruzamento.
4. Evite pisar na grama.
5. Favor não jogar papel no vaso.
6. Não entre sem limpar os pés.
7. Você nem deverá sentir-se culpada.
8. Nunca atravesse com o sinal vermelho.
9. Não deixe ao alcance das crianças.
10. Proibida a entrada de menores de 18 anos.
11. Não tomar este medicamento antes das refeições.
12. Cuidado para não cair.
13. Se não for dormir agora, vai estar com sono amanhã.
14. Se você não estudar, não vai passar.

Por: Maria Helena Lorentz
Colaboração VDRuiz

terça-feira, 24 de março de 2009

Revista Veja disponibiliza acervo

A Revista Veja da Editora Abril desenvolveu um link de acesso digital a todas as suas edições nos últimos 40 anos (desde o primeiro exemplar).
Capa, contra capa e todo conteúdo.
Boa leitura:

http://veja.abril.com.br/acervodigital

Colaboração: Roberto Barros

segunda-feira, 9 de março de 2009

E o sabonete está desmatando...

Quarta-feira, 30 de Abril de 2008


O blog do planeta está divulgando uma campanha global que o Greenpeace lançou,responsabilizando a empresa Unilever, da marca de sabonetes Dove, por parte do desmatamento na Indonésia. Assim como o Brasil, a Indonésia guarda uma das maiores porções de floresta tropical e é uma das campeãs mundiais de desmatamento.O Greenpeace afirma ter provas de que empresas na Indonésia devastam a floresta para plantar palmeiras que fornecem óleo vegetal para a Unilever fazer produtos de higiene, como o sabonete. A organização fez um vídeo com a denúncia.
Em nota oficial, a Unilever diz que se preocupa com a produção sustentável do óleo e que o produto está em processo de certificação. Ela se defende usando o argumento de que a empresa já desenvolve várias ações ambientais em parceria com o Greenpeace.
Fonte: http://helainemattos.blogspot.com

quarta-feira, 4 de março de 2009

Power Point: a mídia nas apresentações

Além dos meios convencionais de comunicação, as empresas precisam ficar atentas à qualidade das apresentações corporativas. A Soap, dos empresários João Galvão de Souza e Eduardo Cury Adas, já organizou cerca de três mil apresentações com uso adequado do Power Point para 400 empresas, entre as quais a Vivo, Vale, DM9DDB, Nokia e Pão de Açúcar.
A especialização no segmento transformou a Soap em bechmarking internacional. Com escritório em Portugal, a Soap participa pela segunda vez do VizThink, este ano ano de 22 a 27 deste mês em San José, na Califórnia. O evento trabalha a melhor utilização dos recursos visuais em simples esboços às complexas apresentações em convenções empresariais.
“Apresentação depende de desempenho e conteúdo. Estes fatores, aliados à comunicação visual, transformam as ferramentas tecnológicas em uma arma poderosa no mundo dos negócios. Mas o foco está na pessoa, no apresentador. Ele utiliza o Power Point como suporte e não como elemento mais importante. Culpar o Power Point é a mesma coisa que culpar a televisão por um filme ruim. Absolvemos o Power Point e responsabilizamos o autor”, argumenta João Galvão de Souza. Na sua avaliação, as apresentações corporativas são cruciais para desenvolvimento de negócios. Confira os principais trechos da sua entrevista ao Propmark.
O que é crucial, e muitas vezes não praticado, em uma apresentação corporativa?Existem muito pontos que não são praticados ou levados em consideração no momento em que empresas e profissionais fazem suas apresentações corporativas. Excesso de bullet points, efeitos e recursos musicais no PowerPoint, o não conhecimento da audiência para a qual a apresentação será exposta, a falta de treino do apresentador/executivo e até mesmo o não conhecimento daquilo que foi preparado no PowerPoint para a apresentação são alguns dos erros mais comuns e que, na maioria dos casos, comprometem o resultado final do encontro. Ou seja, muitas vezes a empresa ou profissional tem algo muito interessante a contar, mas não se faz compreender. Consequentemente, negócios não são gerados. Porém, o principal erro é a falta de um roteiro.
Defendemos que apresentação é a arte de contar histórias. Só assim se conquista a audiência do início ao fim da apresentação e, por conseqüência, aumenta-se a chance de a audiência aderir à idéia proposta. Portanto, uma boa apresentação depende do bom equilíbrio entre desempenho e conteúdo. Estes fatores, aliados à comunicação visual, transformam as ferramentas tecnológicas em uma arma poderosa no mundo dos negócios. Porém, por algum motivo, a maioria das pessoas perde 50% do QI quando se deparam com uma apresentação em PowerPoint. Por isso, dizemos que o trabalho da Soap é ajudar empresas e profissionais a marcarem um segundo encontro.

Apesar das empresas de eventos estarem na crista da onda no Brasil, o que elas precisam saber para ter um produto mais eficaz?Muitas empresas precisam transmitir aos seus funcionários ou principais clientes, por exemplo, novas diretrizes, novos valores, apresentar um novo produto ou um novo serviço. Como fazer para em um curto espaço de tempo transmitir tudo isso às dezenas ou centenas de funcionários? Por meio de uma convenção, é claro. Escolhe-se então um resort paradisíaco e são reservados alguns dias da semana para o desafio. Os profissionais passam horas dentro das salas de convenções assistindo às inúmeras apresentações e, por algum motivo, em vez de se envolverem com as palestras, contam no relógio as horas para os momentos de folga. Aguardam ansiosos a programação final, que muitas vezes é reservada um show de humor, ou de uma banda de sucesso... Todos voltam para casa e sempre se recordam dos momentos de descontração durante a convenção. Mas por que não se lembram ou aplicam no dia-a-dia as novas diretrizes? Por que não entenderam a mensagem principal e acharam enfadonhas as palestras do presidente e do diretor de vendas?Não se pode culpar o modelo, que sem dúvida é uma ótima estratégia para integrar uma equipe e transmitir novas mensagens. O problema está na forma como são construídas as apresentações, que na maioria das vezes acabam se tornando muito chatas. Mas de quem é a culpa das apresentações chatas? Culpar o Power Point é a mesma coisa que culpar a televisão por um filme ruim. Absolvemos o Power Point e responsabilizamos o autor. Mais uma vez, o grande problema das apresentações corporativas está no amadorismo como são desenvolvidas e na falta de importância destinada a uma das principais ferramentas utilizadas no momento decisivo no mundo dos negócios: o convencimento e a compreensão do público em relação à idéia exposta.
Qual a sua avaliação sobre investimentos em marketing e publicidade realizados no Brasil?As empresas de modo geral se comunicam muito bem em diversas mídias por meio de ferramentas como publicidade, propaganda, relações públicas, eventos etc. Porém, é preciso entender também que cada vez mais se torna necessário os investimentos em novas ferramentas, que surgem para facilitar a comunicação em locais e momentos nos quais as tradicionais ferramentas não têm alcance. Exemplo disso são as apresentações desenvolvidas pela Soap, que hoje têm como plataforma tecnológica o PowerPoint. Elas são utilizadas nos momentos de negociação, por exemplo, quando os executivos de diferentes empresas estão frente a frente discutindo um projeto. Neste caso, além de criarmos uma ferramenta que tem auxiliado centenas de empresas e profissionais no mundo dos negócios, acabamos criando também uma nova mídia!
Pode explicar o que é comunicação P2P?É a comunicação person-to-person, muito comum no mundo corporativo, na qual a postura do apresentador, o discurso e o material de apoio buscam atingir cada indivíduo presente na platéia. Compreende todos os recursos utilizados nos momentos em que, como dito nas respostas acima, os profissionais encontram-se frente a frente em reuniões, palestras, etc... Qual a importância para o mundo corporativo do VizThink?É importante destacar que a conferência “VizThink North America 2009” é promovida pela VizThink. Fundada em julho de 2007 por Dave Gray, presidente da consultoria americana Xplane, consiste em uma organização dedicada à promoção do “visual thinking” em todo o mundo. Para isso, além de eventos, seminários, encontros e outros eventos, também promove e mantêm na internet uma comunidade global de pensadores visuais. Reúne “visual thinkers” de todas as partes do mundo para promover networking, dividir conhecimentos e inspirar os apaixonados pelo pensamento visual. Outras informações podem ser encontradas em www.vizthink.com.Mais do que patrocinar a conferência e buscar ampliar o nosso know how no assunto, temos como objetivo ampliar a nossa atuação internacional. Em pouco mais de cinco anos de história, desenvolvemos mais de três mil apresentações corporativas para cerca de 400 empresas dos mais diferentes segmentos, grande parte delas posicionadas entre as maiores do Brasil. Rompemos as fronteiras e passamos a atender também importantes empresas em outros países, principalmente em Portugal, o que nos exigiu abrir um escritório em Lisboa em novembro do ano passado. Agora, teremos uma participação estratégica no VizThink deste ano buscando não somente ampliar nosso conhecimento no assunto, trazendo novas tecnologias e idéias para serem aplicadas no nosso produto e compartilhadas com nossos clientes. Buscamos principalmente consolidar internacionalmente a nossa marca, estabelecendo parcerias para divulgar o nosso trabalho em outros países. Afinal, o evento representa uma oportunidade única, pois reúne os maiores nomes em visual thinking e atrai empresas e profissionais dos quatro cantos do mundo interessados em uma melhor aplicação do pensamento visual no seu dia-a-dia de trabalho, como em brainstormings, planejamentos, desenho de produtos, geração de idéias e planejamentos. E nós podemos dar uma grande contribuição no que diz respeito às apresentações corporativas.
O que é o chamado pensamento visual?Entende-se por “visual thinking” o uso dos mais diferentes tipos de recursos visuais na comunicação ou no ensino, de simples esboços às complexas apresentações, passando por ilustração, fotografia, design, pintura, entre outros inúmeros recursos. Em resumo, a inteligente aplicação e exploração dos recursos visuais para uma comunicação mais objetiva e eficiente. Parafraseando e ampliando o famoso ditado, “Um recurso visual vale mais que mil palavras”.
Ele é difundido no Brasil?A utilização dos recursos visuais está amplamente difundida no Brasil nos mais diferentes segmentos. Estivemos presentes na primeira edição desta conferência, que aconteceu em 2008 em Berlin, e ficamos impressionados com a quantidade de especializações dentro do pensamento visual e como isto realmente pode ser aplicado em várias áreas. Portanto, temos muito que aprender com os pesquisadores, estudiosos e acadêmicos no assunto. Eles aprofundam muito o tema. Escrevem, publicam e compartilham o conhecimento, o que é ótimo pra nós. Também estamos muito longe no que se refere à discussão do tema. Um exemplo é a própria participação brasileira no VizThink este ano. Somos os únicos brasileiros a participar do evento e também fomos os únicos “brazucas” a participar da primeira edição, realizada no ano passado. Como o pensamento visual pode interferir no mundo dos negócios?Facilitando os processos de comunicação nos mais diferentes momentos. Ou seja, contribuindo na exposição de uma idéia, conceito, projeto, produto, serviço etc. para os diferentes públicos de interesse. Mais do que isso, contribuindo não só com a compreensão da audiência, mas principalmente pela sua adesão àquilo que foi exposto e proposto. A habitual competitividade e corre-corre do mundo corporativo têm feito com que as empresas encontrem cada vez mais dificuldades em conseguir uma oportunidade para se apresentar a um prospect, estabelecer novas parcerias, convencer os clientes de novos projetos e até mesmo disseminar novas estratégias e diretrizes entre seus funcionários. Ou seja, está cada vez mais difícil encontrar uma oportunidade para “vender o peixe”. A situação ficou ainda pior com a chegada da crise, que fechou as torneiras dos investimentos. Por isso, aqueles poucos minutos que as empresas conseguem para serem ouvidas têm se tornado cada vez mais precioso. Mas a questão é: as empresas realmente têm conseguido ser objetivas? Têm se preparado corretamente para as apresentações a fim de conquistar a audiência? Por que passam meses desenvolvendo um projeto inovador e quando estão frente a frente com o seu cliente ou prospect não obtêm sucesso?
Qual o formato da Soap?Resumidamente, a Soap é uma empresa brasileira que criou um modelo de negócios inovador - e único em todo o mundo – ao se especializar em apresentações corporativas de alta performance. Hoje, em pouco mais de cinco anos de atividade, se transformou em um benchmarking mundial no assunto. Conceitualmente, o trabalho que desenvolvemos ajuda as empresas nos momentos de negociação. Ou seja, ajuda empresas e profissionais a transmitirem suas idéias, projetos, produtos e serviços, surpreendendo e conquistando suas audiências com conteúdo e forma diferenciados. E o PowerPoint é a plataforma tecnológica que utilizamos na construção das apresentações.Em apenas cinco anos de história, a Soap já criou mais de três mil apresentações para cerca de 400 empresas. Entre elas Vivo, Telefônica, Microsoft, Companhia Vale, Petrobras, AmBev, Bradesco, ABN Amro Bank, Nokia, Grupo Pão de Açúcar e DM9DDB.
A idéia surgiu quando eu e meu sócio atuávamos como consultores. Descobrimos que as empresas se comunicam muito bem em algumas mídias, mas, no momento decisivo, em que os profissionais se encontram frente a frente com o cliente numa sala de reunião para fazer uma grande venda, transmitir uma idéia ou fechar um grande negócio fazendo o uso do Power Point, existe um grande amadorismo. São raros os casos em que as apresentações corporativas são elaboradas de maneira profissional. Constatamos a falta de importância destinada a uma das principais ferramentas utilizadas no momento decisivo no mundo dos negócios: o convencimento e a compreensão do público em relação à idéia exposta. O desenvolvimento do material de apoio acaba, muitas vezes, sendo destinado a pessoas que não dominam o assunto ou não conhecem a audiência para a qual será exposto, como estagiários ou secretárias. Assim, todo o esforço da negociação pode acarretar em um resultado não satisfatório.
Como dito anteriormente, uma boa apresentação depende de desempenho e conteúdo. Estes fatores, aliados à comunicação visual, transformam as ferramentas tecnológicas em uma arma poderosa no mundo dos negócios. Mas o foco está na pessoa, no apresentador. Ele utiliza o Power Point como suporte e não como o elemento mais importante da apresentação. O apresentador e o material de apoio formam uma dupla. Este é o diferencial.

Por Paulo Macedo
Fonte: PropMark (www.propmark.com.br)03/03/2009

A nova era da gestão de riscos


O ISO 31000 passa valer a partir de outubro e visa padronizar as terminologias e os conceitos da gestão de riscos.


Entra em vigor, em outubro de 2009, o ISO 31000 (Principles and guidelines for risk management), uma norma universal voltada exclusivamente à Gestão de Riscos. As corporações dos mais diversos portes e segmentos deverão seguir as orientações da International Organization for Standardization (ISO).
Atualmente, existe uma falta de consenso. As terminologias e os conceitos utilizados para a gestão de riscos faz com que as instituições enfrentem dificuldades em integrar as suas diferentes funções e atividades relativas ao assunto.
Segundo Alberto Bastos (coordenador no Brasil da Comissão Especial da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) sobre as Normas de Gestão de Riscos), a falta de um consenso em relação à terminologia e aos conceitos utilizados para a gestão de riscos faz com que as organizações enfrentem dificuldades em integrar as suas diferentes funções e atividades relativas ao assunto.
“O resultado mais comum dessa equação é que a gestão de riscos acaba sendo tratada de forma isolada, ocasionando muitas vezes a geração dos chamados silos ou ilhas departamentais, o que ocasiona a utilização de terminologias, sistemas, critérios e conceitos diferentes para cada uma das áreas da empresa”, explica Bastos.
Com a norma ISO 31000, o objetivo é aplicar uma visão atualizada e padronizada aos vários tipos de riscos ligados aos diferentes setores da organização, como: financeiro, projetos, saúde, entre outros.
“Por se tratar de uma proposta de convergência alinhada com a visão integrada de ERM (Enterprise Risk Management), a nova norma não concorre com outras orientações já existentes como a ISO/IEC 27005 (norma técnica específica de gestão de riscos em segurança da informação), fornecendo orientações e alinhamento com outros conjuntos de regras específicos”, afirma Bastos.
E o especialista complementa: “da mesma forma que as normas ISO 9000 na área da Qualidade e a ISO 14000 na área de Meio Ambiente tornaram-se referências para adoção e implementação da gestão destes temas nas organizações, a partir do lançamento da ISO 31000 os países passarão a contar com uma norma de gestão de riscos com reconhecimento internacional”.
A versão brasileira da norma está sendo desenvolvida com o apoio de especialistas em gestão de riscos de várias empresas no país para atender às necessidades específicas do mercado nacional e deverá ser lançada quase que simultaneamente à versão original.

HSM Online03/03/2009