quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sem curiosidade, não há solução

Aidan Dwyer está ficando famoso em todo o mundo. O estudante americano de 13 anos inventou um mecanismo que aumenta a eficiência da captação de energia solar entre 20% e 50%. Para isso, não partiu de conhecimentos complexos, acessíveis a poucos. O motor de tudo foi a curiosidade. 

Nas construções que utilizam energia solar, os painéis são dispostos horizontalmente. Instigado pelo mecanismo utilizado pelas árvores para absorver luz solar, Dwyer passou a buscar formas diferentes de organizar os painéis. Ele montou em um suporte tubular vertical, com pequenos painéis nas extremidades (veja foto abaixo). 

Assim, Dwyer criou uma estrutura em que os painéis de capitação da luz do sol foram organizados como folhas em galhos. A invenção funcionou tão bem que lhe rendeu o prêmio de Jovem Naturalista, concedido pelo Museu Americano de História Natural, uma das mais importantes instituições de ensino e pesquisa dos EUA. Os testes com a invenção mostram que, comparada aos formatos tradicionais, a árvore solar de Dwyer é muito mais eficiente, até mesmo em épocas de menor incidência solar, como o inverno. Por ser vertical, a estrutura não é enterrada pela neve e também é menos prejudicada pela chuva. 

As reportagens sobre o feito do menino rodam o mundo e já há empresas interessadas em fabricar em grande escala e comercializar a árvore solar. Um projeto que foi apresentado pela primeira vez na feira de ciências da escola. 

A história Dwyer não é só inusitada; é emblemática. A curiosidade diante do desconhecido, disparada pela observação do mundo ao redor, é a marca fundamental dessa descoberta. É um lembrete contundente da importância de estimular as crianças a perguntar, seja lá o que for, e, acima de tudo, não deixar que dogmas sirvam de limitador para a capacidade natural do ser humano de questionar, investigar, estudar e ampliar seus horizontes.


Da redação
Fonte: Jornal Destak
Colaboração de envio: VDRuiz