segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Jovens adotam apps como Snapchat e WhatsApp para fugir dos adultos no Facebook



RAFAEL CAPANEMA
DE SÃO PAULO



No fim de outubro, durante a apresentação dos resultados trimestrais do Facebook, o diretor financeiro da empresa, David Ebersman, afirmou que a rede social teve um "declínio em usuários diários, especificamente entre os adolescentes mais jovens".

O motivo do êxodo, que tem beneficiado apps e serviços como o Snapchat e o WhatsApp, é simples: os jovens querem se comunicar longe das vistas de pais, parentes e professores, que muito provavelmente estão entre o 1,1 bilhão de usuários da maior rede social do mundo.


FACEVELHO?

Eles reclamam, mas contam ser difícil ficar de fora
Análise: Adolescentes veem o Facebook como um adulto encara o LinkedIn


É a primeira vez em que um executivo do Facebook trata do assunto publicamente, mas há tempos a empresa se preocupa com as ameaças à sua hegemonia e age vigorosamente para combatê-las.

Quando percebeu que as pessoas compartilhavam cada vez mais imagens no Instagram, comprou o aplicativo, em abril de 2012.

Diante do sucesso do Snapchat, que permite enviar fotos e vídeos que se autodestroem em alguns segundos, criou um clone, o Poke, que foi um fracasso.

Depois, tentou comprar o próprio Snapchat por US$ 3 bilhões --o triplo do que pagara pelo Instagram--, segundo revelou o "Wall Street Journal" na semana passada.


Ainda na última semana, reformulou seu aplicativo de mensagens para Android e iOS, que agora pode ser usado para a comunicação entre pessoas que não são amigas no Facebook.

Além disso, o app tomou emprestado de mensageiros instantâneos populares na Ásia, como o WeChat (China), o Line (Japão) e o KakaoTalk (Coreia do Sul), o tom neon do novo ícone e a ênfase nas figurinhas (emoticons gigantes e ultracoloridos).


Nenhum desses concorrentes, porém, age como um substituto direto do Facebook, como o Google+. Além disso, eles às vezes são usados de formas que não haviam sido previstas por seus criadores, observou o analista Benedict Evans.
"As pessoas não estão usando o Instagram para fotos, o WhatsApp para texto e o Line para adesivos. Elas estão usando tudo para tudo: o Instagram para informar aos outros que vão se atrasar, o WhatsApp para compartilhar fotos, o Snapchat para fazer planos para a noite e assim por diante."
Procurado pela Folha, o Facebook afirmou em nota: "De maneira geral, como o diretor financeiro do Facebook apontou, o uso do Facebook pelos jovens continua estável, eles continuam entre os usuários do Facebook mais ativos e isso está claro para múltiplas plataformas. O Facebook continua liderando em um ambiente em crescimento."

Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

COMO FALAR A VERDADE EM CASOS DELICADOS. O CASO DA MENTIRA DOS ABSORVENTES HIGIÊNICOS





Richard Neill, um internauta anônimo, revoltado com o discurso das propagandas de absorvente, resolveu se manifestar. Para tanto, deixou um recado para lá de sincero na página do Facebook da Bodyform, fabricante do produto de higiene íntima feminina. Escreveu:



“Como homem, preciso perguntar por que vocês mentiram para nós durante todos esses anos. Quando criança, assistia seus comerciais com interesse sobre quão maravilhoso era aquele momento do mês em que as mulheres podiam aproveitar tantas coisas e eu ficava um pouco enciumado. Quero dizer: andar de bicicleta, montanha-russa, dançar, pular de paraquedas e eu não podia aproveitar esses momentos (…) Droga de Pênis!! Então eu arrumei uma namorada (…) Você mentiu!! Não houve alegria, esportes radicais, água azul se derramando sobre as abas (…) Como a minha mulher mudou de amorosa, gentil e de pele normal para a pequena garota do exorcista, com a adição de veneno e cuja a cabeça girava em 360º. Obrigado por me preparar para isso, Bodyform, seu demônio astuto”


Para sair da saia justa, a Bodyform divulgou um vídeo em que a CEO da empresa pede desculpas de maneira divertida a Richard pelos anos de mentira. A ação da marca foi legítima não por ter tido a ideia de criar um vídeo de desculpas, mas por não ter ignorado o comentário de Richard que, mesmo sendo uma trollagem, é uma verdade.

O Storytelling, a verdade e a veracidade
Escrever a verdade é um dos pontos defendidos pelo guru dos roteiristas de Hollywood, Robert Mckee. “Write the truth”, diz.

Porém, mais que escrever uma verdade, já reparou que uma história que contém uma verdade parece ser mais forte que uma história que é apenas verdadeira?

No caso dos comerciais de absorvente, em que as mulheres aparecem felizes e dispostas a praticar aventuras e esportes radicais em um período que justamente sentem vontade de se esconder do mundo, não existe nem verdade na história e nem história verdadeira.

Como falar a verdade em casos delicados

Veja bem, não estamos aconselhando as empresas de absorventes a retratarem detalhadamente tudo o que acontece com a mulher nesse período um tanto quanto crítico, mas em criar um personagem que traga uma verdade do que realmente se passa.

Colocar o depoimento de um marido que tem que aturar a mulher nessa fase, de maneira divertida, pode ser uma maneira honesta de demonstrar a importância do produto. Sem contar que a mulher disposta e extramente radiante dos comerciais de absorvente, além de ser mentira, já virou um ícone dos clichês publicitários!

Confira o vídeo resposta da Bodyform clicando no link abaixo:



Por Lais Modelli da Soap





Fonte: Postado em Marketing por Canal do Empreendedor