sábado, 23 de janeiro de 2010

Obama, Dilma e tia Clélia

texto de Diogo Mainardi

"Quando os Estados Unidos bandearam para
a direita, nós também bandeamos. Melhor para nós.
Até na América Latina a esquerda está encrencada"
Barack Obama só durou um ano. Ele ia mudar tudo. Qual foi o resultado? Os americanos endireitaram. O maior sinal disso ocorreu na semana passada, quando a candidata democrata em Massachusetts, um dos maiores currais eleitorais do partido, foi derrotada por um republicano. Ele tomou a cadeira no Senado que por mais de quarenta anos pertenceu a Ted Kennedy, prometendo opor-se à reforma do sistema de saúde proposta por Barack Obama. O sistema de saúde americano pode ser perdulário. Ele pode criar desigualdades. Mas é melhor do que morrer num corredor do SUS.

O regressismo terceiro-mundista, que no último ano acometeu os Estados Unidos, foi detido. Chega de rombo fiscal. Chega de estatizar companhias falidas. Chega de financiar montadoras de carros. Chega de pacotes para o setor público. Chega de aumentar os impostos das empresas poluidoras. Chega de multilateralismo. Depois da posse de Barack Obama, até Lula se sentiu legitimado a teorizar sobre o capitalismo americano. Ele mesmo: Lula. A surra que os republicanos deram nos democratas, em Massachusetts, poderá conter o bolor bananista. Chega de Lula teorizando sobre o capitalismo americano.


Quando os Estados Unidos bandearam para a direita, nós também bandeamos. Melhor para nós. O programa eleitoral de Barack Obama, comemorado em todos os cantos do planeta, já foi enterrado. O aquecimento global é tratado com chacota. A temperatura média nos Estados Unidos diminuiu na última década: o maior poluidor do mundo está esfriando. No Haiti, os americanos atropelaram a ONU e militarizaram as áreas arrasadas pelo terremoto, salvando centenas de milhares de pessoas. O corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos é mais útil do que qualquer ONG. Até na América Latina a esquerda está encrencada. Hugo Chávez deflagrou uma guerra contra o PlayStation. E Lula está sendo apagado da memória. A média de espectadores de Lula, o Filho do Brasil foi menor do que a dos jogos do Macaé. Dilma Rousseff, sua candidata presidencial, está destinada à derrota. Porque ela, como Lula, personifica o passado. De fato, ela se assemelha cada dia mais à minha tia Clélia:

Quanto tempo Dilma Rousseff ainda poderá durar? Menos de um ano. Menos do que Barack Obama.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

10 razões para adotar redes sociais nas empresas

Veja texto que mostra como as organizações podem adotar a utilização das redes sociais internamente. Muitas empresas tem receio de utilizar redes sociais dentro das empresas alegando que haverá queda na produtividade de seus funcionários. Isso prova, como sempre, que as pessoas preocupam-se mais em identificar os problemas do que em enxergar as oportunidades presentes em certas decisões. Esse tipo de pensamento focado apenas no problema faz com que as empresas substimem a capacidade criativa, de mobilização e criatividade coletiva das pessoas dentro das empresas.

A realidade das empresas mudou. A competição é muito maior do que no século passado e isso faz com que a inovação seja a principalmente competência a ser desenvolvida pelas empresas. Inovação que deve vir de todos os lugares da empresa. A emrpresa deve buscar conhecimento onde quer que ele esteja, seja dentro ou fora da empresa. Alguns dizem que ela deve ser “chuveiro” (de cima para baixo), outros dizem que deve ser “bidê” (de baixo para cima), mas o importante é que ela seja do tipo “hidromassagem” (de todos os lados).

Mauro Segura, consultor da IBM, revelou o resultado de uma pesquisa que a própria IBM faz regularmente, chamada “CEO study - The enterprise of the future”. O estudo apontou 5 tendências:

- As empresas serão ávidas por mudança;

- Inovação de fora para dentro;

- Empresas globalmente integradas;

- Disruptivas por natureza;

- Pensam na sustentabilidade e no longo prazo;

Diante desse cenário, as empresas devem basear suas ações no desenvolvimento do seu capital intelectual a fim de criar uma cultura de inovação em que todos sintam que são livres para expor suas idéias. Para isso, é preciso dar voz as conversas existentes dentro das organizações. Nesse sentido, as redes sociais são ótimas ferramentas para criar esse ambiente de conversas dentro das empresas, pois ela aproxima as pessoas e facilita a conexão entre pessoas com interesses comuns e que poderiam compartilhar ideias.

Nesse sentido, Mauro apresenta as 10 razões para se adotar redes sociais dentro das empresas:

- Acesso rápido e fácil ao conhecimento: com as ferramentas atualmente existentes, é muito fácil criar um ambiente onde as pessoas possam discutir, apresentar suas idéias e registra-las para outras pessoas consultarem.

- O ser humano adora redes sociais: especialmente os brasileiros, uma vez que mais de 80% dos brasileiros, que se conectam a Internet, participam de algum tipo de rede social. Brasileiro gosta de conversar;

- A inovação aparece: o ambiente das redes sociais facilita o surgimento da diversidade de perspectivas e opiniões, condição essencial para surgimento da inovação;

- Quebra da barreira geográfica: você pode conversar com qualquer pessoa independente da localização geográfica em que ela esteja;

- Quebra da barreira hierarquia: talvez seja esse o maior temor de quem está no comando das empresas. Não existem escadinhas que deve ser escaladas para que as informações e as opiniões cheguem ao alto escalão da empresa. Isso é irreversível e incontrolável;

- Comunicação direta sem intermediários: comunicação sem filtros. Não existe mais aquela de que “Quem conta um conto aumenta um ponto”;

- Identidade pessoal: nas redes sociais, você tem a oportunidade de mostrar quem você é. Você pode expressar suas opiniões e suas crenças;

- Referências: é uma oportunidade de criar um grande conjunto de referências para posteriores consultas;

- Política de portas abertas: deixe a comunicação fluir livremente e você se surpreenderá com a capacidade de criar coletivamente de seus funcionários;

- Tecnologia simples e fácil: não é preciso ser um expert em tecnologia ou em construção de sites para você montar sua rede social. Existem ferramentas que auxiliam qualquer pessoa na criação de um blog, por exemplo.

Adotar redes sociais dentro das empresas potencializa a geração de inteligência coletiva dentro das empresas, além de descobrir pessoas talentosas, que ficam escondidas na imensidão dos cargos e departamentos das empresas, e facilita a identificação dos agentes de mudança dentro da empresa e que podem influenciar outras pessoas a se tornarem inovadoras. Aliás, Mauro apresentou o resultado de um estudo da universidade de Melbourne de que funcionários que utilizam redes sociais são 9% mais produtivos do que aqueles que não usam.

Com certeza, no século XXI o valor está no intangível.



Por Marcelo Bastos (http://hsm.updateordie.com/author/mbastos/)

Este texto foi publicado, originalmente, no Blog da HSM. Para ler este e outros post, clique aqui: http://hsm.updateordie.com/.

Fonte: HSM Online
04/09/2009

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Publicidade estática está com os dias contados

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RUI CARLOS Propagandas ficam permitidas apenas na fachada dos próprios estabelecimentos, dentro das limitações legais
Em no máximo dois anos, os principais cenários de Jundiaí estarão livres da poluição visual provocada hoje por propagandas. As novas regras, previstas pelo decreto 21.930 e em vigor desde dezembro, permitem a publicidade somente nas fachadas dos próprios estabelecimentos comerciais, em tamanhos delimitados por lei, de acordo com a altura e largura da frente de cada estabelecimento.

Em uma loja com até 50 metros de frente, por exemplo, não poderá haver placa de publicidade, seja com a identificação do comércio ou com marca promocional, maior que 25 metros, ou seja, o painel poderá ocupar até metade da área. Os limites variam de acordo com os tamanhos das fachadas.

A determinação, que já é aplicada no quadrilátero central entre as ruas Barão de Jundiaí e a do Rosário e as travessas entre as duas, agora também vale para as avenidas Jundiaí, 9 de Julho, Antonio Frederico Ozanan, União dos Ferroviárias, dos Imigrantes Italianos e outras que estejam na área entre os rios Guapeva e Jundiaí. Outdoor, painéis em edifícios, luminosos em imóveis, tótens e qualquer outro tipo de mídias terão que ser removidas assim que vencerem suas atuais licenças.

"O objetivo principal é a preservação da estética da cidade, da perspectiva panorâmica e da organização visual. Além de acabar com a poluição, a mudança também reflete em maior segurança, pois, mesmo sendo obrigatório ter engenheiro responsável por tótens, por exemplo, há empresas que descumprem a regra e há o risco de eles caírem com vendavais. Os outdoors também nem sempre têm a manutenção adequada", diz o secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Jaderson Spina.

Como a autorização para as mídias emitida pela Prefeitura é válida por até dois anos, este deve ser o prazo máximo para a limpeza visual. Spina ressalta que a mudança deve acontecer antes, porque, enquanto o decreto ainda estava em elaboração, o município já não estava emitindo novas licenças e as que estão em vigor devem vencer antes destes 24 meses.

As agências de publicidade estão sendo comunicadas sobre as mudanças pela Prefeitura. O secretário estima que a retirada das mídias irregulares vá eliminar cerca de 80% dos avisos publicitários das principais avenidas de Jundiaí. Segundo Spina, quatro técnicos da Secretaria de Planejamento farão a fiscalização.

Os responsáveis pelas publicidades irregulares receberão notificação para se adequar, sob pena de pagamento de multa de R$ 674. Em caso de reincidência, o valor aumenta e, se não houver providências nos prazos estabelecidos, a própria Prefeitura faz a remoção e cobra do responsável, que terá os valores incluídos na dívida ativa caso não faça o pagamento.



ANDRÉA LAVAGNINI
Fonte: Jornal de Jundiaí