terça-feira, 6 de setembro de 2011

Crises no mundo virtual. É possível sair ileso?

Silvana Chaves

Na era em que o cliente ou leitor pode comentar em qualquer
lugar – empresas como a Whirpool (Brastemp), Nike, 
Folha de S. Paulo e o site de reclamações coletivas, o 
Reclame Aqui discutiram na última sexta-feira (2/9) no Info@Trends, como lidar com maus-entendidos virtuais. 
O debate foi mediado por Mauro Segura, diretor de 
marketing e comunicação da IBM.


O fundador do Reclame Aqui, Maurício Vargas explicou
 que normalmente as empresas não se preparam para 
atender os clientes nas mídias sociais. “Cerca de 30% 
das empresas tratam os acionamentos do Reclame Aqui
 como ações de mídia social e contratam assessorias de
 imprensa para responder as reclamações.”


Segundo ele, as empresas conscientes preparam uma 
equipe de atendimento – que normalmente está em seu
 primeiro emprego – para atender a essa demanda.


Inimigo ocultoPara Maurício Vargas, as empresas contam 
com um novo tipo de inimigo: os próprios empregados.
 “Fiz uma estatística e vi que em média três mil pessoas
 entram no site do Reclame Aqui para reclamar contra a 
própria empresa em que trabalham. Principalmente aqueles 
dos serviços de venda de telefonia e TV por assinatura.”


Vargas reforça novamente que as empresas precisam ter 
uma estrutura que comporte o fluxo de informações ao se
 lançar nas mídias sociais. Senão, segundo ele, é como dar 
um tiro no pé. "Se a empresa tiver estrutura, abra um canal
 no twiter e facebook para interagir e atender a todos. Se 
não o tiver, não o faça. Senão todos usarão esse canal e
 se cria uma outra crise por falta de resposta.”


Funcionário aliadoCláudia Sender, diretora de marketing 
da Whirpool – responsável pela Bratemp no Brasil -  ressalta 
que, primeiramente, no caso da companhia, é o consumidor gerador da crítica que deve se atendido, no canal ou mídia 
social em que foi gerado a crítica. Em seguida, caso o assunto ganhe repercussão, é necessário sim fazer uma campanha interna, para que os colaboradores ajam como “advogados do bem da marca, não prejudicando com comentários com boas intenções, mas nem sempre verdadeiros”.


“O funcionário é condescendente, é parte de tudo aquilo que a marca faz. Se ela comete enganos, o funcionário acaba sendo responsabilizado com ela, como parte do problema”, afirma Maurício Andrada e Silva, diretor de comunicação da Nike.


Vida pessoal x Vida na redeNo caso dos comunicadores, a pergunta sempre é feita: qual é a “etiqueta” para atuar nas mídias sociais? Ela realmente existe? Diante de comentários polêmicos nas redes, que causaram demissões, a ombudsman
 do jornal Folha de S.Paulo, Suzana Singer, diz que o melhor 
seria os profissionais da mídia manterem a vida pessoal 
pessoal afastada das redes. “Jornalista não deveria ter
 twitter pessoal, principalmente porque ele pode tweetar
 algo ofensivo e não sabe onde estará ou quem entrevistará amanhã. Não tem como ter dupla personalidade, assim 
como não dá para ter duas contas no twitter".
reforça Singer.
Fonte: Comunique-se

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