quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Um pouco da história e do papel do blog corporativo

por: Cassio Politi


Blog corporativo é a espinha dorsal de um bom plano de content marketing. Além dos benefícios de posicionamento da marca, proximidade do público e ganho de relevância nos resultados de buscas do Google, serve como orientação para a linha editorial adotada nos demais canais.

Os blogs nasceram e se estabeleceram com propósitos pessoais. Em dezembro de 1997, o especialista em tecnologia da informação Jorn Barger criou o termo weblog, que significa registro na web. Dois anos mais tarde, Peter Merholz, que atualizava seu diário online chamado Peterme.com, decidiu fazer uma brincadeira com o nome. Ele quebrou o termo em we blog. Assim surgiu o termo blog, que se popularizaria nos anos seguintes por todo o mundo.

Em 1999, foi criado o serviço blogger.com, que quatro anos depois seria comprado pelo Google. Em 2006, havia 50 milhões de blogs no mundo todo. Em 2012, o número saltou para perto de 160 milhões, embora o índice médio de atualização seja de cerca de 45%. Isso significa que mais da metade das pessoas abandona seus blogs em algum momento.

A popularidade do Blogger só é comparável à do WordPress, que, por ser uma ferramenta de código aberto, atraiu desenvolvedores e hoje beira os 60 milhões de usuários.

Em 2012, calcula-se que haja 31 milhões de blogueiros nos Estados Unidos. Uma pesquisa do Blogging.org mostrou que 8% conseguem sustentar suas famílias com a receita que conseguem obter com seus blogs. Isso resulta em aproximadamente 2,5 milhões de pessoas.

Content marketing
Muitas empresas entenderam as vantagens do blog: é flexível em formato e linguagem. A linha editorial dos posts é livre. Permite colocar em prática a ideia de que, para formar audiência, o conteúdo deve ser útil. Para isso, compartilha-se conhecimento. Não se faz oferta de seus produtos e serviços. Por causa dessas vantagens, seis em cada dez companhias americanas mantêm um blog corporativo. 

Nesse aspecto, as empresas dos Estados Unidos estão muito à frente das brasileiras, que na quase totalidade dos casos criam seus blogs, mas não inovam na linguagem. Publicam nele textos que noticiam a própria empresa em vez de tornar o conteúdo útil para as pessoas.

É comum haver uma preocupação excessiva com aspectos visuais, dedicando pouca atenção ao conteúdo. De fato, alguns conseguem ser visualmente atraentes. Um exemplo é o blog do Squarespace, que prima pela boa combinação de cores e distribuição dos elementos. Mas apenas um layout impactante não basta. É necessário que o conteúdo seja útil para os leitores.

Fonte: Tracto http://www.contentmarketing.blog.br


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A 'banquinha' de James Bond vende quase de tudo


Logo nos primeiros minutos de Skyfall, a nova aventura do espião britânico James Bond, uma perseguição acaba com herói e vilão lutando em cima de um trem. Mas os vagões não carregam qualquer produto. Em cima dele estão uma máquina pesada - com a marca "Cat", da americana Caterpillar, estampada em letras garrafais - e automóveis do modelo Beatle, da Volkswagen.
Os automóveis da montadora alemã ganham direito até a uma menção por uma das personagens, a agente Eve, vivida pela atriz Naomie Harris. E este é só o começo de um desfile de "merchans" - alguns disfarçados, outros nem tanto - que tomam conta da tela ao longo dos 143 minutos do longa-metragem dirigido por Sam Mendes.
Esse tipo de inserção misturada à história, que hoje toma conta das novelas e começa a chegar também ao cinema nacional, é disputada pelas empresas porque é uma forma "glamourosa" de promover uma marca. "É algo que os americanos fazem muito bem", diz Bruno Wainer, da produtora Downtown Filmes. "É um tipo de publicidade de resultado." É também uma forma de reduzir o risco de orçamentos milionários - e o do novo 007 é de US$ 150 milhões.
Em Skyfall, algumas das ações publicitárias são "subliminares". O espião sempre foi conhecido pelos seus ternos bem cortados, mas os vestidos pelo ator Daniel Craig no filme são especialmente justos ao corpo. Embora ninguém no filme mencione ou mostre de onde vieram os trajes, foi amplamente divulgado que eles foram criados pelo estilista Tom Ford.
Ao redor do mundo, incluindo o Brasil, o figurino do espião virou alvo de editoriais de moda em revistas, o que ajuda a aumentar o "cacife" da grife. Ainda no setor de moda, os relógios Omega e os cristais da Swarovski também fazem "participações especiais". Sem motivo aparente, a câmera parece insistir em focalizar o pulso de Daniel Craig em vários momentos.
Outras logomarcas, no entanto, aparecem de forma mais evidente. A marca de computadores Vaio, da Sony, ganha a tela toda a vez que o laboratório da agência secreta é o cenário. O gênio da computação Q (Ben Whishaw), que fornece armas e suporte técnico ao espião, aparece diversas vezes trabalhando em um Sony Vaio.
Até o antes intocável Martini, a bebida preferida de James Bond, foi desafiada em nome do merchandising. A cervejaria Heineken teria desembolsado US$ 75 milhões em uma megacampanha relacionada ao 23.º filme de 007. Em Skyfall, no entanto, a cerveja faz uma mera ponta, do tipo "pisque e perca". Por poucos segundos, James Bond aparece nos braços de uma mulher enquanto bebe a cerveja.
Mas o investimento da Heineken na associação com o espião foi mais amplo: em um anúncio bem-humorado que entrou no ar pouco antes da estreia do filme, Daniel Craig aparecia tomando uma Heineken por alguns segundos, ao lado de outra atriz do filme, Bérénice Marlohe, a bond girl Sévérine. / F.S.
Fonte: http://www.estadao.com.br
Colaboração: VDRuiz