quarta-feira, 7 de março de 2012

7 lições de Harry Potter sobre liderança

A saga de Harry Potter se desenvolve ao longo de sete livros. Em cada um deles há importantes lições que os líderes contemporâneos poderiam utilizar no seu dia-a-dia. Saiba quais

No livro 1 (A pedra filosofal), o simpático bruxinho nos ensina que para liderar é preciso, em primeiro lugar, acreditar que as coisas podem ser melhores do que jamais foram. Esse insight nos permite compreender porque é fundamental que os líderes tenham consciência dos ônus e bônus inerentes à sua função, o quanto é importante saber fazer as escolhas certas, o valor inestimável dos aliados e o risco de subestimar os inimigos.
No segundo livro da saga (A câmara secreta), Harry nos inspira para refletir sobre como lidar com trade-offs e nos remete a reflexão sobre o estilo de liderança que devemos adotar. Durante seus frequentes atritos com Draco Malfoy verificamos que Harry deixa transparecer algo que muitos líderes lutam para esconder: que são seres sensíveis ao bem mas também o são ao mal.
Com base no livro 3 (O prisioneiro de Askaban), é possível estabelecer uma analogia entre os "dementadores" e a importância do modelo mental no exercício da liderança. Também é possível verificar como é importante saber onde estamos pisando (nosso "mapa do maroto"). Outro aspecto interessante é a reflexão sobre como utilizar experiências anteriores para tomar decisões mais seguras e discutir por que, às vezes, nossos inimigos são os melhores aliados.
O quarto livro (O cálice de fogo) nos inspira a utilizar nossas memórias na hora de decidir e nos ajuda a refletir sobre a importância de não nos preocuparmos apenas em vencer a qualquer custo.
Um novo momento de reflexão pode ser vivido com a leitura do livro 5 (A ordem da Phenix), que nos alerta sobre a importância de manter nossa mente livre de interferências, ensina a nos prepararmos para perder até mesmo pessoas que amamos e nos leva a refletir sobre a importância de não temermos as injustiças.
Podemos utilizar o livro 6 (O príncipe mestiço) para, junto com Harry, refletir sobre a importância de aprender com quem já fez antes, conhecer a história daqueles que nos cercam e ter cautela com as pessoas más.
Finalmente chega a grande apoteose do livro 7 (As relíquias da morte) para lembrar que mesmo os amigos mais leais podem ter ciúmes do nosso sucesso.
Acreditamos que é possível utilizar a obra de J.K. Rowling para pensar sobre como: 1 – Aproveitar as metáforas contidas nos 7 livros da saga de Harry Potter para refletir sobre liderança; 2 – Analisar os principais desafios do líder contemporâneo; 3 – Compartilhar experiências, discutindo teorias e posturas que podem conduzir a formação de um estilo de liderança que permita atingir resultados sem abrir mão de um tratamento mais humano do liderado.
Não há dúvida de que formar líderes capazes de enfrentar desafios como a chegada da geração Y ao mercado do trabalho, apagão da mão de obra, uso cada vez mais intenso de novas tecnologias no ambiente de trabalho, necessidade de desenvolvimento de visão sistêmica e tantos outros não é tarefa fácil. A ausência de novas abordagens que possam estimular pessoas a estudar liderança é um fator que torna mais agudo esse desafio.
Até onde sabemos, não há notícias de que se tenha utilizado os livros que retratam a saga do simpático bruxinho Harry Potter para ilustrar os desafios diários enfrentados pelas lideranças. Acreditamos que ao fazê-lo, poderemos estar ajudando as pessoas a se aproximar dessa importante temática de forma lúdica e sedutora.
JB Vilhena é presidente e consultor sênior do Instituto MVC. 

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