segunda-feira, 23 de maio de 2011

Você sabe gerenciar crises online?

A MITI Inteligência divulgou um estudo em que avalia o gerenciamento de crises nas mídias sociais. A consultoria brasileira acompanhou o caso Arezzo, no último mês, quando a empresa de bolsas e acessórios foi criticada por lançar uma coleção com peles de raposas, ovelhas e coelhos. Além deste caso, a MITI também avaliou o caso Brastemp e Renault.

Página de boicote ganhou mais fãs que página oficial
Com a crise, a Arezzo atingiu uma repercussão três vezes maior que a soma de interações de quatro concorrentes: mais de 1.900 citações. Delas, mais da metade (51%) falava sobre a polêmica coleção Pelemania. “No Facebook, por exemplo, a quantidade de fãs da página ‘Boicote a Arezzo’ ultrapassou a página oficial da marca em mais de mil usuários. São dados que não podem ser ignorados na gestão da imagem de uma empresa”, ressaltou Elizangela Grigoletti, gerente de inteligência e marketing da MITI Inteligência.

Gráfico mede as mensagens dos internautas separadas por assuntos



Caso Brastemp
No começo do ano, o procurador Oswaldo Borelli causou barulho nas redes sociais acusando a Brastemp de negligenciar um problema em sua geladeira. Para acender a luz vermelha da Brastemp, no final de janeiro Borelli postou um vídeo com suas reclamações, que foi visto por mais de 600 mil pessoas e teve mais de 7 mil comentários no YouTube.

Dois dias após a veiculação do vídeo, a empresa ligou para Borelli e cinco dias depois enviou uma geladeira nova, quando o assunto figurou nos TTs do Twitter, como um dos mais comentados. A diretoria da empresa também convidou Borelli para um encontro na Brastemp. A companhia também comunicou nas redes a solução do caso.


Já na Renault, no primeiro momento a montadora se desesperou com a criação do site www.meucarrofalha.com.br, em que a cliente Daniely Argenton reclamava da falta de reparos em seu carro, um Megane Sedan. A consumidora espalhou o site e as críticas à empresa pelo Twitter, Facebook e Youtube. Com a repercussão, a Renault conseguiu uma liminar judicial que obrigava Daniely a remover todas suas reclamações na web.

“Isso mostra uma extrema falta de clareza e veracidade no discurso da empresa sobre o relacionamento com seus clientes. Crises como essas, nas mídias sociais, fazem transparecer as falhas que as corporações tentam esconder no seu atendimento ao consumidor. As empresas precisam usar esses canais como aliados na manutenção da sua imagem, e não como inimigos”, avalia Elizangela.

No entanto, após o embate entre cliente e empresa, as duas partes decidiram extinguir as ações judiciais. A Renault se comprometeu a ressarcir o valor pago pelo veículo e seus danos e ainda doou um Renault Clio à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

O site www.meucarrofalha.com.br continua na web, mas se tornou uma página para reunir reclamações de clientes de diversas montadoras.


fonte: http://www.comunique-se.com.br

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