Editores de tablóides admitem parte da culpa na morte de Diana
Dez anos depois do acidente, jornalistas evidenciam que paparazzis estavam fora de controle
LONDRES - Os editores dos três maiores e mais vendidos tablóides ingleses - The Sun, Daily Mirror e do News of the World - admitiram parte da culpa pela morte da princesa Diana pela primeira vez desde o acidente que a matou, segundo o periódico britânico Daily Telegraph.
Veja o vídeo no site do Telegraph
Phil Hall, editor do News of the World na época do acidente, disse que há um círculo de culpabilidade envolvendo os jornalistas que requisitaram mais fotos, dos fotógrafos que a abordaram e dos jornais que publicaram as fotos. "Uma boa matéria sobre Diana poderia somar 150 mil vendas. Então somos todos responsáveis", disse.
Falando no documentário O Último Domingo de Diana, da rede ITV1, Hall confessou: "sinto muita responsabilidade pelo que aconteceu e acho que todos da mídia também". O editor concluiu que "se os paparazzi não tivessem seguido ela, o carro não teria acelerado e o acidente poderia nunca ter acontecido".
Após a morte da princesa, em agosto de 1997, os tablóides disseram que baniriam fotografias dos paparazzi.
O Telegraph traz ainda o comentário de Stuart Higgins, que era editor do The Sun. Higgins confessa que "a morte da princesa Diana foi a história mais trágica durante meu período como editor. Eu freqüentemente questionei meu papel, o papel do jornal e da mídia em geral na sua morte e nos eventos que decorreram".
O terceiro editor, Piers Morgan, do Daily Mirror, confessou que os editores realmente não fizeram nada para conter os excessos de seus fotógrafos freelancers, dizendo que "todos que trabalham para jornais nacionais, nos primeiros dias após a morte dela, sentiram um senso coletivo de que os paparazzi estavam fora de controle quanto à Diana. Ela era a maior celebridade que tínhamos visto e saiu totalmente do controle".
Morgan acha que a sua morte foi um "trágico acidente", mas que "a mídia foi culpada ao permitir que os paparazzi se tornassem ridiculamente importantes".
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